8 de abril de 2010

Entrevista com a banda monno



Olá, queridos amigos botequeiros!
Cá estamos com mais uma entrevista exclusiva do Boteco. Desta vez, entrevistamos o Bruno Miari, vocalista da banda mineríssima monno. Ele fala sobre o início da banda, sobre a cena mineira, pirataria e, (comemorem!) sobre o novo disco da banda!
Confiram a entrevista na íntegra:


1 - Conte como vocês se conheceram e fale um pouco sobre o início do monno.
Bruno Miari (vocalista): a gente se conheceu tocando, quando ainda tinhamos bandas diferentes, eu com o novak e os meninos com o tremor void. Enfim, no meio do caminho ficamos mais proximos até que pintou o convite para gravarmos umas coisas do novak, que já não tinha baterista na epoca. a coisa andou de maneira que resolvemos apliar o projeto. Deu-se o monno.


2 - Como está a cena mineira hoje em dia? Sabemos que nos últimos anos ela vem caminhando a passos mais largos, mas o que de fato mudou e melhorou por aí?
BM: Minas tem uma cena bacana que, intermitentemente, apresenta bandas bem legais. Além das bandas em si, várias pessoas têm se articulado para que a cena tome proporção maior, em forma de coletivos. Tem também o fator poder público que faz uma boa diferença com seus projetos para música. Bem, acho que minas tenha talvez a cena mais latente do brasil. Acho que o processo agora é colocar minas fora das montanhas daqui.


3 - Depois do "Agora" vocês lançaram 3 singles, não é isso? E quais são as previsões para um novo EP do monno?
BM: Bem, laçamos um pouco mais: Junto do Agora lançamos o DVD Agora, que foi nas primeiras cópias do EP. Dos singles resolvemos fazer 2 versões de bandas nacionais ("Grand hotel" do Kid Abelha e "Ainda gosto dela" do Skank) e uma versão da 21 dias, musica do Agora, que ficou mais ensolarada. Dai, pra divulgar proncipalmente as duas ultimas gravamos o DVD Vertigem, no qual gravamos 5 músicas nossas no topo de um prédio em BH, com uma bela vista da paisagem da cidade. Para conferir basta ir ao nosso site ou myspace.
Estamos em estudio preparando o novo material que até então conta com 8 musicas encaminhadas. Logo em breve deve sair o primeiro single deste futuro, com uma bela versão tb para a música "A palavra certa" do Herbert Vianna.


4 - Fale um pouco sobre a Festa COMBO! que rolou em BH em 2008, onde vocês tocam ao lado de grandes bandas, como a incrível Transmissor. Aliás, eu gosto muito daquele vídeo que você e a Jenni cantam "Nada Demais" juntos (risos).
BM: Bons tempos! Em algum momento um tanto de pessoas esteve junto e foi legal. A idéia da festa veio de um papo meu com o Silvio Gomes, que na época trabalhava o Udora, enfim. Nossa idéia era fazer um lance diferente pra cidade e para as bandas, num esforço quase que comercial. O monno tem essa coisa de buscar novas possibilidades. Tem város videos bacanas daquele dia, vale garimpar no youtube. E, não demora deve-se sair um bootleg desses ao vivos, gravados com esmero pelo Bruno Correa (que me cobra horrores isso!).


5 - É inevitável que a internet hoje em dia ajuda e muito as bandas independentes em todos os sentidos. A Trama Virtual também deu um passo importante com o projeto "download remunerado", que aliás está dando muito certo. Por outro lado, muitas pessoas insistem em criticar este tipo de comercialização fonográfica. Qual sua opinião sobre isso?
BM: Acho que estamos no meio de uma brusca mudança de paradigmas e, particularmente, ainda não visualizo(-amos) um norte. Tudo hj em dia é teste, as tecnologias surgem com pessoas tendo acesso imediato as mesmas. Não é facil. Hoje é tudo mais disperso, e o supermercado musical hj tem uma gama ENORME de prateleiras cheias de novos conjuntos. Todas as tentativas são válidas, principalmente as que primam por retorno financeiro, este que foi extinto do cotidiano de uma banda, principalmente as independentes. Vejo uma coisa apenas com tristeza: a música deixa cada vez mais de dar retornos necessários para se sobreviver dela. Não acredito na versão de que música é "hobby caro" que já ouvi. Não penso minha música como hobby, pois é BEM trabalhoso!
E acho que a arte tem de voltar a ser valorizada, caso contrario...!


6 - Quais são as maiores influências da banda? Nacionais e internacionais. Cabe citar obras de literatura também.
BM: É aquele velho papo! cada um tem sua referencia que acaba por aparecer na música e as influências são várias. Eu talez seja o mais eclético dos 4, pois varias bandas nacionais me são importantes, em diferentes estilos. O Kid abelha (motivo de várias risadas e criticas inclusive!) é uma delas, assim como o paralamas. Mas acho nitido que nossa veia maior vem dos sons internacionais, pois é o que escutamos mais mesmo. Mas internacional, curtimos MUITO bandas como broken social scene, arcade fire, tv on the radio, queens of the stone age blá blá blá. Dificil isso. Compondo o disco pensamos em bandas como dodos, grizzly bear, animal collective enre outras. Cada musica sentimos uma vibe e a partir desta vamos buscando mais referências.
Em literatura, bixo, HENRY MILLER! esta presente em todas as letras.


7 - O monno possui um público muito fiel, o que aumenta ainda mais todo o espetáculo que é cada show que vocês fazem. A banda consegue manter uma relação próxima com os fãs nos shows e 'redes virtuais de relacionamento'?
BM: Tentamos ao máximo estar presentes! como disse, as tecnologias surgem muito rapidamente e imagino, acho que minha ideda não acompanha tanto volume assim. Vide twitter, por ex. Não tenho, na minha humilde critica, tanto volume de info pra postar pras pessoas, no intervalo de 15 em 15 min diários! Loucura total. Mas sim, usamos, TEMOS o twitter!, site, myspace, tramavirtual, orkut, facebook.....! e Batemos a maior bola com a turma por ai, na internet.
Nos shows somos super abertos e atenciosos com as pessoas e achamos um barato quando elas vêm conversar com a gente! ´E um puta feedback e uma constatação que devemos estar fazendo algo interessante, ao menos.


8 - Vamos para as rapidinhas:

Uma música: "All the wine" - The National.
Um disco: "1 e meio", Graveola e o Lixo Polifônico.
Um Livro: "Sexus", Henry Miller.
Uma mulher: A que estiver ao meu lado.
Mainstream: A espera de novos artistas de um possivel half-stream brasileiro.
Pirataria: Piratas, topam vender discos do monno também?!


9 - Bem, é isso. Gostaria de agradecer em nome da equipe do Boteco em Paris, pela excelente entrevista. Deixe um recado pra galera que acessa o blog. Valeu!
BM: Valeu a turma do Botecão armado de paris! Um prazer falar pra e com vocês. E quem quiser conferir mais sobre a banda, os links de sempre:

www.monno.com.br
www.myspace.com/monno
www.twitter.com/_monno
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