5 de maio de 2011

Resenha: Garage Fuzz, 30/04/2011 - Hocus Pocus



Dia 30, do mês de abril, a casa de show Hocus Pocus estava destinada a receber
como banda principal o Garage Fuzz, que realiza esse ano sua tour de 20 anos de banda.
Muita história pra ser contada e admirada, por fãs, respeitadores, e admiradores, da cena
brasileira, e um exemplo a ser tomado por outras bandas que batalham seu espaço.

Os portões do evento foram abertos por volta das 11 horas, mas desde antes,
nas proximidades da casa, já encontrava-se um número considerável de pessoas para o
evento, a banda de abertura, que subiu ao palco por volta das 11:30, foi a Samset que
se apresentou com um hard core acompanhado de guitarras bem trabalhadas, letras que
retratam momentos e eventos, e muitas vezes transmitem uma mensagem a se pensar.
Os Samset mandaram cover de Pennywise, Face To Face e Dead Fish, influências que
foram notáveis no seu som, transcorrida uma boa apresentação, com boa presença de
palco a banda deu lugar para os integrantes da Enenma, com um Hardcore melódico, o
palco bem preenchido a banda, com 3 guitarristas, se apresentou, estavam a 3 anos sem
tocar juntos, pelo que foi dito, e logo de cara já foi-se feito um pedido de desculpa para
qualquer possível erro, devido ao tempo de separação, não houve nada que fugisse do
controle, coisas normais de uma apresentação na raça, ao vivo. A apresentação da banda
foi interativa e chamativa, como de costume começou-se o movimento que o público faz
para perto do palco para ver a banda principal, a “contagem regressiva”.

Dando continuação ao evento a próxima banda a apresentar-se foi o projeto
Abrasa de São José dos campos. Composta por, Marcelo Bastos, baterista, Diego
Xavier, guitarrista, Frederico Stigliano, guitarrista e Filipe Annechino, baixista, a banda
com influências do punk, e do Hardcore, tem um som instrumental, sem a presença de
vocais, muito bem trabalhado, com presença participativa dos integrantes. Apesar da
ausência de vocal, compensada com melodias ótimas e bem trabalhadas, não pense que
a ausência de voz elimina a interação da banda com o público, pois, ela existe por parte
dos integrantes. Transcorrida a apresentação da Abrasa começou a preparação de palco
para o Garage Fuzz.

Historicamente aquela noite marcava a passagem, pela hocus pocus, do Garage
Fuzz na tour de 20 anos de história, significativo na cena underground brasileira a banda
é formada por Fabrício, baixo, Daniel, baterista, Wagner bola, guitarra, Nando, guitarra
e Farofa, vocal. Finalizadas afinações e detalhes técnicos iniciou-se a apresentação
da banda, que abriu o show com “A Mutt Running Nowhere”, mas não deixaram
nenhuma das músicas de efeito de fora do set list, que contou, também, com “House
Rules”, “Stream”, “Shore of hope”, “Tôo scared to try”, “Rocking chair” e, minha
preferida, “Dear cinnamon tea”, músicas novas deram renovação ao set list, e as mais
clássicas a maestria, natural, do Garage. O tempo trouxe experiência e postura pra
banda, e apesar de ouvir murmurinhos de que o Garage tem uma fraca presença de
palco, ou algo do tipo, nunca fui dessa idéia, 20 anos de história trouxeram um modo
de apresentar-se único para o quinteto, que mescla em sua apresentação euforia, em
algumas músicas, e calma e sensatez em outras, A mutt Running Nowhere mostrou esse
lado, onde a casa veio a baixo em uma só voz nos vocais com farofa e Shore of Hope
mostrou a roda, a agitação e o empurra empurra. A apresentação terminou por volta das
3 horas da manha, e encerrado o show a banda despediu-se do público, da produção, que
realizou um belíssimo evento, com muita responsabilidade e certezas, e de mais uma
missão cumprida no mundo do rock. A força de vontade, união e humildade trouxeram
o Garage fuzz até aqui, e essas foram coisas que não faltaram no último sábado, dia 30/

A Shall produções está de parabéns realizou um evento emocionante, de peso na
cena, que ficara marcado por tempos e tempos, as bandas de abertura terão certamente
seu espaço, conquistado aos poucos, pois, tratam-se de excelentes músicos, que amam o
que fazem, e o fazem muito bem, o Garage Fuzz deixa, e deixou, o público, e esse que
vos fala, sem palavras, deixou claro o porque de ser uma das principais bandas do hard
core brasileiro e, todos nós do vale, esperamos de coração que outros anos venham para
a banda, e que sejam comemorados em nossas casas de show.


Helder Miguel de Melo
@nerdzme

Um comentário:

Unknown disse...

Muito boa a resenha man! A Samset agradece de coração! abraxxx! Marcelo