1 de junho de 2011

Entrevista: Fabrício - Garage Fuzz




Uma das bandas mais respeitados da cena brasileira independente o Garage Fuzz ostenta o título de seis CDs gravados, um DVD e muitas histórias. Dividindo palco com grandes bandas como Fugazi e Sick of it all, o Garage escreveu sua história na cena independente, e conquistou seu espaço. Esse ano a banda faz a sua tour de 20 anos e Fabrício, baixista do Garage, concedeu uma entrevista para o Boteco em paris.

Acompanhe agora o Bate papo do Boteco em Paris com o baixista do Garage Fuzz.

Helder - Boteco em Paris: Iniciando o bate papo, fale um pouco sobre a história do Garage fuzz. Onde, quando e como tudo começou?
FABRICIO: A banda começou como um trio, foi formada pra abrir um show do PINUPS, em são Paulo, o farofa e o Daniel montaram a banda, ensaiaram uma semana e foram abrir esse show. Você vê que a banda sempre teve a veia de tocar ao vivo, né? Hahaha... Eu entrei uns 3 meses depois. A banda virou um quarteto depois com o marcos butcher nos vocais, em 1993 nos firmamos, com a formação que durou até 2009, depois trocamos de guitarrista, saiu o Fernando Zambeli e entrou Fernando Bassetto.


H: O Garage Fuzz completa esse ano 20 anos de existência, sem dúvida nenhuma é um exemplo a ser seguido e admirado, como é estar tanto tempo nesse meio underground? Quais são as maiores dificuldades?
F: Olha não podemos reclamar do underground, ou do meio onde sempre vivemos, pois sempre fomos respeitados e tidos como referncia, é um orgulho pra nós! Antes a estrutura era bem mais osso, hoje em dia é mais fácil arrumar shows, e pessoas profissionais que lidam com isso, então melhorou muito, estamos bem contentes com nosso esquema!


H: Hoje em dia a divulgação do som, a amplitude que as mídias sociais atingem, tornam mais fácil a vivência de uma banda, se comparado com antigamente?
F: Certeza que a internet, e as redes socias ajudam e muito a divulgar o trabalho, antes tudo era mais trabalhoso e o retorno, bem mais demorado, hoje as coisas são bem dinâmicas e você sente o resultado bem mais rápido. Em relação a nossa convivência, ajuda na hora de marcar os ensaios e combinar nossas viagens, heheh, mas tem que tomar cuidado, porque as mensagens não têm tom de voz, você pode ser mal interpretado, hehe, o telefone pra isso ainda é melhor!!


H: Tanto tempo nesse meio, batalhando seu espaço fizeram com que a banda amadurecesse e passasse por várias situações. Quais são as principais diferenças da cena antigamente, comparada com a atual, e comparada com a cena underground fora do Brasil, na opinião do Garage fuzz?
F: Antes tudo era meio na base do improviso: produtores, show, festivais...Hoje a galera é mais profissional, além do que eu falei acima, tem a internet, que fez uma graaaande diferença! A diferença da cena daqui pra gringa é brutal, estamos falando de anos de defasagem em TUDO!!




H: E a tour de 20 anos de banda, como está sendo? Ao subir no palco ainda existe aquela magia do começo? Ou, com o tempo vem o desgaste?
F: A tour está sendo muito legal, poder correr o Brasil todo é um prazer pra nós e uma sensação de espaço conquistado!! A forma como encaramos os shows, antes e agora, pode ser um pouco diferente, mas a empolgação é a mesma, ta certo que daqui a pouco vamos ter todos 40 anos, o fôlego não é o mesmo, mas a empolgação sim, só não podem querer que façamos discos tão porradas como antes, porque nossos gostos mudaram e o fôlego diminuiu, haha.

H: O Garage Fuzz, em 2009, lançou o DVD “Definitively Alive”, existe algum jogo de palavras e sentido com o nome do DVD, ou não foi apenas um nome?
F: Tem um jogo de palavras sim! Que realmente estamos vivos! E ao mesmo tempo, somos uma banda de tocar ao vivo, sempre foi importante pra banda!!


H: A banda tem 6 CD’S e 1 DVD lançado, quais são os projetos futuro do Garage, o público pode esperar coisas boas por ai, ou por enquanto o Garage está mais focado em seus shows?
F: Estamos compondo músicas pro nosso novo álbum, esperamos terminar as músicas esse ano, pretendemos lançar o cd junto com um DVD, que terá um documentário, e a gente tocando algumas músicas novas no ensaio mesmo! Em julho retomaremos a tour dos 20 anos da banda, vai ter Manaus, Belém, floripa e varias cidades.


H: Sick of it all, Down by Law e Fugazi são alguns exemplos de bandas que o Garage Fuzz dividiu o palco, ainda existem bandas com as quais vocês sonham tocar?
F: Poxa, várias!! Não tem nem como citar, hahaha.


H: Quais são as maiores influencias da banda, na hora de compor os sons?
F: Bom, cada um tem uma suas influências, mas no geral, sons dos anos 90, HC e
punk rock dos anos 80, rock´n roll antigo, emo do início mesmo (90´s), hard rock, daí misturamos tudo do nosso jeito, hehe.


H: Gostaria de agradecer a atenção da banda, desejar sorte para o Garage Fuzz que tem uma história de sucesso, e a cada vez mais escreve e fixa novas linhas. Para finalizar, como de costume no Bote em paris, fica esse espaço final para uma mensagem da banda para os fãs, para os leitores, e para os que estão na mesma correria que vocês fizeram, e fazem, para conquistar seu espaço na cena.
F: Valeu a todos que sempre nos acompanharam, pode ter certeza que sempre fizemos tudo de coração, e é assim que a música deve ser!! Valeu pelo espaço e podem esperar noticias sobre o GF!! Valeuuu!

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